Como tudo começou

Sobre sonhos: Eu já quis muita coisa durante a minha vida, mas isso de sonhar pra valer mesmo, aconteceu poucas vezes, e dessas poucas eu me recordo bem, e não pretendo desistir nunca. O maior de todos os meus sonhos é mostrar pro mundo os textos, as crônicas e as histórias que eu invento desde sempre, escrevo desde os 13 anos e que vou postar aqui, pra vocês.



  • Minha brincadeira preferida desde bem novinha mesmo, era 'brincar de casinha'. Eu adorava inventar histórias. Na verdade isso tem um pouco haver com o meu temperamento: eu sou um pouco (talvez, seja bastante) mandona e isso nunca foi diferente. Eu sempre queria ser a 'dona da brincadeira' e dizia (com meu jeito nada fofo) o que todas as outras crianças iriam (ou pelo menos, DEVERIAM) fazer, caso não quisesse arrumar uma bela de umencrenca comigo. Eu criava mentalmente os meus enredos, e meus personagens.
  • Quando eu entrei na primeira série (um ano a frente da idade considerada normal naquela época), eu gostava de fazer redações, e foi no início do segundo semestre, na primeira de muitas outras redações que eu fiz ao longo do fundamental, cujo tema era, “Volta às Aulas”, que eu me descobri escritora. Na verdade, me descobriram.  Tia Jôsi, aquela professora baixinha, de cabelos negros e lisos jogados no ombro leu e chamou a diretora. No dia seguinte, juntas, elas foram me comunicar que o meu texto sairia no jornalzinho da escola. Senti o maior orgulho na época, e até hoje eu sinto quando no meio de uma faxina geral na minha casacho esse ou outros dos jornais que publicaram algum dos meus textinhos, minha mãe guarda tudo (mãe é mãe, né gente?).
  • Eu também sempre gostei de escrever cartas. Era cartinha pra minha mãe, pro “Papai Noel”, pra professora, para as minhas amigas e pro garoto da última fileira. Eu sempre achei incrível como transformando algumas palavras em sentimentos somos capazes de nos expressar tão bem, e até de emocionar outras pessoas com isso. Anos depois, eu não perdi essa mania. Continuei escrevendo cartas (algumas delas não foram enviadas até hoje), e estão pregadas naqueles caderninhos, com letra feia e alguns rabiscos onde eu escrevia como foi o meu dia, eram esses rabiscos que na época da pré-adolescência guardavam grande parte do que tinha dentro de mim.
  • Poucos meses depois que eu havia começado a estudar numa escola muito maior do que a antiga (era uma escola cheia de “gente grande”), uma dessas minhas cartinhas de desabafo foi parar na página de um jornal comemorativo dos 100 da minha nova escola. Um garoto popular - e gatinho (diga-se de passagem) - do meu colégio, no qual algumas garotas eram afim, inclusive eu,  leu o texto, e então o dito cujo tirou suas próprias conclusões e veio falar comigo. Quanta audácia, achar que ele era a minha inspiração. Na verdade ele era e continuou sendo por mais alguns meses, até que resolveu namorar uma amiga minha [...], mas essa é outra história!
  • O tempo foi passando, e mesmo com o corpo se desenvolvendo, o coração se “apaixonando” e a mente evoluindo, eu simplesmente NÃO CONSEGUIA largar minhas bonecas. Eu não sabia viver sem aquele meu mundo paralelo onde eu podia fazer acontecer tudo o que viesse na minha cabeça.
  • No natal de 2006, ganhei o meu computador, e no wordpad, comecei a escrever minha primeira história, era de uma garota que ficou paralítica, ela se chamava Gabi e eu não me lembro muita mais do que isso, além da raiva que passei quando meu PC teve que formatar e perdi tudo, inclusive meus arquivos, dos quais essa história fazia parte.
  • Quando colocaram internet aqui em casa, conheci o mundo “fake”, onde eu fiz amizades que duram até hoje e onde finalmente encontrei um lugar onde eu pudesse inventar e brincar, sem que eu tivesse que me esconder pra não ser zoada pelas amigas.
  • Logo em 2008, no auge dos meus 13 anos, eu comecei a escrever meu primeiro livro, nessa época, felizmente eu já tinha dado início a um curso de informática, e já havia sido apresentada ao Word, que mudou minha vida para sempre. Então, como num passe de mágica, meses depois do início e um pouco antes de terminar esse meu primeiro livro, eu encontrei uma comunidade (ainda na época do Orkut), onde garotas de todos os lugares, e das mais diversas idades podiam postar suas histórias (eram as chamadas Webs) e foi ai que eu descobri que eu não era a única.
  • Criei alguns blogs que não foram pra frente, e colaborei com alguns outros, hoje em dia eu continuo escrevendo - sem postar em lugar nenhum -, e continuo também indo em busca dos meus sonhos, pois não vejo motivo pra não fazer isso, eu acredito que posso ir longe, e bom, esse já é um bom começo.


P.S.: Eu gostaria de agradecer todo o incentivo que já recebi até aqui: Obrigada à minha mãe, por sonhar comigo. Obrigada Letícia, por toda a confiança no meu potencial, e por ter me dado a chance de postar no "Desconstruindo Amélia" em um momento em que eu realmente precisava de algo pra preencher meus dias. Obrigada Welli por toda paciência me ensinando coisas sobre o blog, você é um grande amigo, e também meu web-designer preferido. Valeu Gesis, por passar horas lendo e se “encantando” com os meus textos. E por último, mas de extrema importância, obrigada Isa e Aline, que além de terem se tornado grandes amigas, também representam todas as leitoras e garotas incríveis que tanto me incentivaram na época das Webs no Orkut. Eu agradeço por acreditarem tanto em mim!
     

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