A menina era tão linda que lá do
meio da pista os meninos chegavam a perder o ritmo... se distraiam ao olhar aquelas curvas imóveis, que só existiam
do pescoço para baixo e mentalmente criavam mil teorias para explicar porque
ela estaria num lugar como aquele se não parecia ter a menor disposição para se
divertir.
Uma noite sim outra também, ela
estava lá. Sempre parada e de longe ficava observando aquelas luzes que
pareciam quase tão inconstantes quanto o seu coração. Lá uma vez ou outra, algum
admirador corajoso e convencido, se aproximava e tentava manter um diálogo,
mas, ela sempre pareceu mais interessada no garçom, que por sua vez, no lugar
de intenções e curiosidades, sempre vinha sorridente trazendo outra bebida.
O coração dela estava fechado pra
balanço, ele não era mais capaz de sentir o prazer de viver um sentimento, até
porque ainda havia muitos vestígios da bagunça causada pela última ilusão que
ela havia se permitido ter. Já o fígado era forte, e depois de mais uma noite como
aquela, as dores de cabeças e náuseas, por mais terríveis que fossem, pareciam
nada perto de tudo o que ela já tinha passado.
Desde que o cara que ela havia
permitido que causasse tanto estrago apareceu (ou deixou de aparecer), ela podia
ter saído por ai ferindo outros corações masculinos como forma de se “vingar” ou
ficar em casa se lamentando, podia tentar ligar pro ex ou difamá-lo por aí, mas
não. Ela tomou a sua decisão. E decidir viver assim, dando prioridade a outro órgão,
foi uma opção necessária. Não era mais possível viver tão vulnerável e ela
achou na bebida uma forma de se iludir que machucava menos.
Não é fácil compreender, mas, nem os
moços que a observavam de longe nem qualquer outra pessoa teriam o direito de
julgar a sua escolha, pois ninguém passou por ela todos os dias difíceis, ninguém
sabe o que realmente aconteceu, nem quais foram as lutas (contra os próprios
sentimentos) que ela teve que enfrentar sozinha.
Não creio que ela tenha achado na
bebida uma válvula de escape, uma saída, mas, foi um ponto de repouso. Uma
proteção, embora ela nunca tenha se sentido tão desprotegida assim. Ela
escolheu dos males, o que menos lhe causava dor, das dores e incômodos, os que
poderia suportar mais facilmente. Foi uma troca e ter que lidar com as consequências
era “um brinde a mais” que não a deixava esquecer o quanto podia ser perigoso
querer viver um conto de fadas.
bonito texto, uma realidade bem comum nos bares hoje em dia. Adorei teu jeito de escrever, lindo *-*
ResponderExcluir(teu backgrond é o meu plano de fundo do whats ♥ ♥ ♥)
2bjos
ameninaqueprocuravasorrisos.blogspot.com
Olá linda. Bom, há um tempo eu te propus parceria, mas você estava ausente naquele período e pediu para que eu entrasse em contato se ainda estivesse interessada. Então.. Sim, ainda estou interessada. Espero ter o seu retorno, ok linda? Beijão ;)
ResponderExcluirhttp://manuellacastelan.blogspot.com.br/
Parabéns pelo texto. Gostei muito :)
ResponderExcluirbeijinhos
moumeraki.blogspot.com
Obrigada Bianca e Soraia, fico feliz que tenham gostado!!! :D
ResponderExcluirManuella, já te enviei um e-mail! rs
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirParabéns pelo texto, adorei! Você escreve muito bem!
Beijos!
http://borboletasliteraria.blogspot.com.br/
Um texto muito bonito e intenso. Gostei. Bjus!
ResponderExcluirgalerafashion.com
Adorei o texto <3.
ResponderExcluirmemorias-de-leitura.blogspot.com